TEXTO 1
Elvira
Fortunato realça processamento de materiais como fator de sustentabilidade
Elvira Fortunado, responsável
pela invenção do transístor em papel, sublinhou hoje, durante o Encontro
Ciência 2020, organizada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que a
sustentabilidade do planeta depende do processamento em larga escala de
materiais não tóxicos, através de tecnologias amigas do ambiente.
O lixo eletrónico, como é o
caso dos componentes de computadores ou telemóveis, raramente é reciclado,
devido aos custos que acarreta, o que faz com que este desperdício acabe por
ser exportado em grande escala para África, Índia e China.
Em alternativa, o processamento
de materiais não tóxicos através de tecnologias não poluentes apresenta-se como
uma solução mais sustentável, defende a investigadora, tendo por base os
resultados da investigação levada a cabo pelo laboratório que dirige, no Centro
de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova de Lisboa.
O papel, em particular, é um
material renovável, flexível, barato e abundante, podendo a celulose ser obtida
das árvores, mas também das bactérias do vinagre, que excretam membranas de
nanocelulose. Aliás, este material, sublinha a cientista, já vem sendo
utilizado quer em dispositivos eletrónicos, como isolante, quer na área da
saúde, em testes rápidos de diagnóstico da glicose, colesterol ou ácido úrico.
TEXTO 2
Cientista Elvira Fortunato realça papel de processamento de materiais na sustentabilidade
A engenheira de materiais Elvira Fortunato, que inventou o transístor de papel, assinalou hoje, citando a sua experiência de laboratório, que a sustentabilidade do mundo depende do processamento de materiais não tóxicos e abundantes com tecnologias "amigas" do ambiente.
Segundo a investigadora, que falava em Lisboa, no Encontro Ciência 2020, a reciclagem de lixo eletrónico, gerado por exemplo por componentes de computadores ou telemóveis, não é feita "na maior parte dos casos", pela dificuldade e pelos custos associados, e a exportação, como sucede, para África, Índia e China "não é solução".
Por isso, uma das soluções, em termos de sustentabilidade, passa pelo processamento de materiais não tóxicos e abundantes com tecnologias não poluentes, defendeu, assinalando que tal estratégia é seguida há vários anos no laboratório que dirige no Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora.
Elvira Fortunato recorreu à sua experiência como cientista para demonstrar como é possível "inventar um mundo mais sustentável", título que deu à sua intervenção na sessão "Mais Ciência para recuperar Portugal com Mais Europa", a última do Encontro Ciência 2020, iniciativa organizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que decorreu hoje e na terça-feira.
O papel, um dos materiais com que a cientista trabalha, e que destacou como abundante, renovável, flexível e de baixo custo, tem sido aplicado em dispositivos eletrónicos, como isolante, mas também em testes rápidos de diagnóstico para a glicose, o colesterol e o ácido úrico, sendo que a celulose com que se produz papel tanto pode ser obtida das árvores como das bactérias do vinagre, que excretam membranas de nanocelulose.